odores de uma alma sofrida.
Fundes em ti realidades mistas
do homem derrotado
do miúdo curioso.
Incertezas dançam-te na pele
e torturam-te a mente.
As perguntas nascem no jardim
que plantaste no peito
e que regas com o desejo.
A coragem chega de mansinho
como se nascesse devagar
percorrendo cada recanto teu
até te preencher completamente
até que sufoques em valentia.
É então que lentamente,
convencendo a voz interior
de que é o melhor a fazer,
abres a porta
que trazes trancada ao peito
e revelas o coração
que pulsa por voar...
* Séneca