terça-feira, 2 de dezembro de 2008

pseudo ensaio sobre o Balão

Acho que nunca ninguém soube o que é feito dos balões oferecidos...
Será que as pessoas que recebem essa dádiva de borracha inchada de ar a guardam ad eternum? ou mal rebenta já não presta, seja por negligencia, violência, idade, zanga, ou por que motivo for; será que mal rebente e morra a dádiva original, o remanescente é atirado para um qualquer insondável aterro de lixo?
Será assim tão cativante a prenda oferecida carinhosamente que seja para se desfazer dela mal se possa?

Ou será que o guardam e estimam, e passa de valor físico a valor sentimental; ou que o reutilizam e recriam a memoria... e por falar na memoria: que é feita desta? Desaparece?, é movida para outro objecto?, permanece em entropia enquanto jaz no corpo morto do balão?
...tantas incógnitas...


mas no fundo... será que essa prenda serve para algo mais do que prenda? será que o dialogo do balão serve para alguma coisa sequer?



E lembrei-me de mais uma coisa: será que o barulho do balão a rebentar é ele a queixar-se?

1 comentário:

FE disse...

A última interrogação é um rasgo de genialidade*

Haja alguém que pare para reflectir sobre os pormenores aparentemente sem sentido que compõem esta esfera azul em que vivemos...